A camélia é a Flor da Liberdade

Flor

A frase acima foi dita por Fabiano Moura, mais conhecido como Geleia, funcionário da Comdep. Ele é responsável por cuidar dos jardins públicos de Petrópolis, onde encontramos várias espécies de flores e plantas. Entre elas, e principalmente, camélias.

Dita de forma simples e despretensiosa, a frase que dá título a este artigo contém muito mais verdades do que possamos imaginar. E soa ainda mais verdadeira porque foi dita por alguém em cuja pele está escrita a luta pela liberdade, que ainda precisa abrir suas asas generosas sobre todos nós.

Camélias são símbolos da liberdade porque eram cultivadas no Quilombo do Leblon, local que abrigava escravos fugidos e que foi importante ponto de resistência e disseminação dos ideais de liberdade. Simbolizam a liberdade porque a Princesa Isabel a adotou como símbolo de uma luta levada com diplomacia e ativismo por ela e seu marido – o Conde D’Eu – para que a abolição da escravatura acontecesse sob a pena da Família Real. E de forma civilizada, conciliatória, sem necessidade de confrontos armados.

Agora, as camélias ressurgem à frente do Programa Municipal de Pacificação Restaurativa Petrópolis da Paz, que retoma os ideais da Redentora e devolve a justiça ao povo, que poderá, com base no entendimento e no diálogo, resolver suas pendências de forma ordeira, sem réus e vítimas, justiçados e condenados.

Com o Petrópolis da Paz, as partes envolvidas em litígios variados são livres para resolver o que de melhor pode ser feito em benefício de ambos os lados. Uma liberdade que amadurece, empodera e dá mais mobilidade social e responsabilidade ao cidadão, que perceberá a importância de ser livre para utilizar a justiça e decidir sobre o que é melhor para si próprio.