MEDIAÇÃO ESCOLAR

Flor

O QUE SEI

(À Mariana Garcia)

Esperança é chama que sei perder.

Um dia, eu viajaria
por todo o espaço sideral
Um dia, eu me tornaria
o amante inesquecível
Um dia, eu escreveria
o poema mais esperado do mundo.

É do ofício de viver perder esperanças
para sem querer, ou pelo querer mais determinado,
reencontrá-las nos olhos do menino que,
sem brinquedo, brinca na rua
no coração da mulher que,
sem janelas, aguarda seu príncipe
no prazer de quem,
sem certeza do amanhã,
aplaude o pôr-do-sol.

Esperança é amor que sei refazer.

Jacinto Fabio Corrêa (20/11/2019)

A escola é uma instituição de instrução e convivência de diversos grupos sociais. Tem como responsabilidade desenvolver as competências e habilidades na formação de sujeitos íntegros e críticos. Isso implica lidar com conflitos, tendo-os como experiências únicas e necessárias para que os estudantes se tornem, de fato, cidadãos.

A realidade atual das unidades escolares da rede pública do município de Petrópolis apresenta conflitos que prejudicam o ensino-aprendizagem e interferem na convivência social, necessitando de ações para a melhoria da consciência e auxílio na resolução de tais conflitos.

O Programa Municipal de Pacificação Restaurativa desenvolve o Projeto de Mediação Escolar junto com o Projeto de Mediação Comunitária. Tem como princípio atenuar as relações conflituosas nas escolas da rede municipal como política pública indispensável para a implementação e manutenção efetiva da cultura de paz nas escolas. 

Curso de formação em mediação escolar

O Programa Municipal de Pacificação Restaurativa – Petrópolis da Paz – deu um grande passo em direção à implantação definitiva das atividades de mediação no município: qualificou professores e advogados para atuarem como mediadores escolares.

Ministrado pela Profa. Moacyra Rocha, de Alagoas, o curso teve 20 horas de duração, contou com parte teórica, dinâmicas de grupo e motivou a todos.

Escolas são pontos nevrálgicos. Todos os males que porventura acometam o meio social repercutem nelas. Em contrapartida, se os alunos têm acesso a práticas conciliadoras e aprendem a resolver conflitos na base do diálogo e da cooperação, levarão tais práticas para casa e, por conseguinte, para a comunidade. Razão pela qual cada vez mais profissionais empenhados em melhorar a qualidade de vida dentro das escolas vêm se apresentando para trabalharem como mediadores. Afinal, a escola é o coração da comunidade.

O curso de formação em mediação escolar foi ministrado pela Profa. Moacyra Cavalcante Rocha, de Alagoas. Contou com partes teóricas e práticas, que deram a todos a real dimensão do que é mediar conflitos envolvendo alunos e professores.

Registramos a presença do Prof. Marcos Machado, diretor do Liceu Municipal Carlos Chagas Filho, e também de algumas professoras desta que é a escola-piloto da mediação escolar na Cidade Imperial.

Liceu Carlos Chagas recebe atividades de capacitação em mediação escolar

Conscientizar e qualificar professores e funcionários, sensibilizar alunos e mostrar que a mediação escolar é uma iniciativa séria que veio para ficar. Esses outros tópicos conduziram as atividades que foram aplicadas no Liceu Municipal Carlos Chagas Filho, escolhida para ser a escola-piloto do Programa Municipal de Pacificação Restaurativa – Petrópolis da Paz – em mediação escolar.

No primeiro encontro, Elsie-Elen Carvalho, coordenadora do Petrópolis da Paz, e voluntários explicaram para os profissionais que atuam na escola (diretores, coordenadores, professores e funcionários) como funciona a mediação escolar e de que forma todos serão capacitados para atuarem como mediadores. Além disso, os participantes responderam a um questionário sobre o cotidiano da escola. As atividades desse dia contaram com a presença Cláudia Ferreira e Naura dos Santos, do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais e Solução de Conflitos (Nupemec) do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ). Vide fotos a seguir.

Já no encontro seguinte, que durou um dia inteiro, foi a vez de os alunos serem introduzidos à mediação escolar. Para tanto, a equipe do Petrópolis da Paz apresentou o programa e realizou palestras sobre bullying. Foram proferidas pela Dra. Valéria Telles, advogada, e pela Dra. Clarissa Vieira, psicóloga e ex-aluna do Liceu. Houve, ainda, sensibilização sobre Teatro do Oprimido, método teatral criado pelo diretor Augusto Boal para que todas as pessoas possam utilizar o diálogo, além de exercícios e dinâmicas teatrais para melhorar as condições sociais. Foram aplicadas pela atriz e professora Adriana Sousa.